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Calendário UFPA 2015 homenageia 30 anos de funcionamento do MUFPA

Publicado: Sexta, 16 de Janeiro de 2015, 14h13 | Última atualização em Sexta, 16 de Janeiro de 2015, 14h17 | Acessos: 1250

Calendário 2015 da UFPA, que reproduz doze obras colecionadas no acervo do MUFPA, produzidas até 1980.

 

No próximo dia 19, às 19h, no Museu da UFPA (MUFPA), será realizado o lançamento do calendário 2015 da UFPA, que reproduz doze obras colecionadas no acervo do MUFPA, produzidas até 1980, ilustrativas da arte preservada e difundida no Museu, que em 2015 completa trinta anos de funcionamento.
 
Mais antigo registro da cidade - Abre o calendário a tela Belém do Pará, do italiano Joseph León Righini, de 1868, um óleo sobre tela medindo 105 x 210 cm, e que é a pintura exposta em museu brasileiro que traz o mais antigo registro da cidade. Righini é considerado o maior paisagista da Amazônia no século XIX. Autor de pinturas, desenhos e aquarelas, chegou ao Brasil como cenógrafo. Durante as quase três décadas que aqui viveu, a maior parte em Belém, foi também professor de desenho, gravador e fotógrafo, tendo dedicado grande parte de sua longa estada na região ao registro de cenas urbanas e, de forma pioneira, da natureza ao seu redor. A obra tem uma história curiosa: pertenceu ao Imperador D. Pedro II, que a deu de presente à sobrinha Francisca de Orléans, por seu casamento com o Duque de Chartres, na França. Décadas depois, o quadro seria comprado em Paris e trazido a Belém, em 1965, para integrar o acervo da UFPA.

Por seu valor singular, a tela de Righini vem reproduzida em um pôster em tamanho menor, com edição limitada, um trabalho realizado também pela Editora da UFPA. No dia 19, o pôster e o calendário, produzidos pela Editora da UFPA, serão oferecidos aos presentes à cerimônia. Após o evento, o pôster estará disponível para compra na Livraria da ed.ufpa.

Exposição “Tempo em Recortes” - Os originais das obras reproduzidas no calendário serão apresentados na exposição Tempo em Recortes, com curadoria de Jussara Derenji, diretora do MUFPA, uma iniciativa conjunta do Museu e da Editora da UFPA, reeditando a parceria na produção do calendário. A exposição terá abertura no dia 19 e ficará em cartaz até o dia 28 de fevereiro.

Além da tela Belém do Pará, de Righini, são também apresentados na exposição trabalhos de Antonieta Feio, Armando Balloni, Augusto Morbach, Benedicto Mello, Carmen Sousa, Denys Puech, João Pinto, Manoel Pastana, Ruy Meira, Theodoro Braga e Valdir Sarubbi, todos do acervo do  MUFPA.

A produção do calendário e do pôster, com o destaque para a vista de Belém assinada por Righini, é a primeira de várias ações com as quais a UFPA presta tributo à capital paraense nos seus 400 anos, que se completam em janeiro de 2016.

Joseph León Righini morreu em Belém, em 1884, na Santa Casa, em situação de extrema miséria. Seus bens foram leiloados em hasta pública no Pará. A divulgação de sua obra cumpre também a função de resgatar a memória do artista.

O Museu da UFPA - No período de sua criação, na década de 1980, o Museu da Universidade Federal do Pará (MUFPA) tornou-se um importante polo de difusão das artes regionais e da cultura nacional.

Consolidava-se com o seu surgimento uma tradição que se esboçava na UFPA, desde os anos de 1960, de apoiar movimentos inovadores muitas vezes repelidos nos grandes centros em razão do regime político que se implantara no país. Nessa fase, recebeu exposições, promoveu espetáculos, oficinas, cursos e palestras e divulgou livros que contribuíram para o debate de novas tendências, distinguindo-se num meio onde os museus de arte ainda não se haviam implantado ou adequado à modernidade.

Na virada para o século XXI, o Museu contava com um acervo de cerca de 270 peças de artes visuais e sua Biblioteca abrigava a Coleção Vicente Salles, até hoje a mais completa sobre música, dança, teatro e a presença do negro no Pará.

Instalado em prédio construído pelo engenheiro italiano Filinto Santoro para ser a residência particular do Governador Augusto Montenegro em 1903, o Museu foi tombado pelo patrimônio estadual em 2003, a pedido da própria universidade. Nos anos seguintes, foi totalmente restaurado e readaptado para atividades museológicas. Suas instalações incluem salas de exposição, salas de multimídia, núcleo de fotografia, reserva técnica de artes visuais, reserva técnica documental, biblioteca e um Jardim de Esculturas. Cadastrado no Sistema Nacional de Museus, conta com inventário digitalizado de todo o seu acervo, que foi ampliado por compras e doações.

Regularmente, o Museu da UFPA participa de eventos institucionais, promove exposições com acervo próprio (hoje com mais de 1 500 peças), de terceiros, palestras e seminários.
Uma das suas mais relevantes atividades é a participação na formação de profissionais na área museológica pela parceria com os cursos de Artes, Arquitetura e do recém-criado curso de Museologia.

Serviço
Lançamento do Calendário UFPA 2015 e abertura da exposição “Tempo em Recortes”
Dia: 19 de janeiro de 2015
Hora: 19h
Local: Museu da Universidade Federal do Pará (Av. Governador José Malcher, 1192, Nazaré).
Evento aberto ao público
Informações:
(55) 91 32017994 | 3224-0871 | 3242-8340

Fotografia: Patrick Pardini
Arte e texto: Editora da UFPA

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